Serra
dos Carajás
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A Serra
dos Carajás é uma formação vulcano - sedimentar que faz parte do grupo
Grão-Pará e está localizada na região central do Estado do Pará. Uma verdadeira
“mina de ouro”, a região esconde em suas entranhas minério de ferro, ouro, cobre, zinco, manganês, prata, bauxita, níquel, cromo, estanho e tungstênio em quantidades ainda
desconhecidas e que fizeram da “Província Mineral de Carajás” uma das regiões
mais ricas em minérios do mundo.
A
primeira jazida de minério de ferro foi descoberta em 1967 quando o helicóptero
com o geólogo Breno dos Santos, da US Steel, foi obrigado a um pouso de
emergência em uma clareira na região. Mas aquela clareira não era proposital,
eles haviam pousado em uma “canga” – uma região onde o minério de ferro está
tão rente à superfície que a vegetação não consegue crescer de forma
normal. O geólogo, durante o vôo, havia notado diversas clareiras como aquela
pela região, o que não é nada comum. Pronto. Estava descoberta a maior reserva
de minério de ferro do mundo.
As pesquisas foram iniciadas naquele mesmo
ano, mas as obras do Projeto Carajás, encampadas pela Vale do Rio Doce, começaram em 1978. Três anos
depois, foi feita a primeira detonação para a abertura de mina e, em 1985,
entrou em operação o primeiro trem de minério da região. A primeiro venda do
minério daquela região ocorreu em 1986 quando foram embarcadas 13,5 milhões de
toneladas de minério de ferro.
O minério
de ferro da Província Mineral de Carajás é importante não apenas pela
quantidade em que se encontram, ma também pela qualidade: é o melhor minério de
ferro do mundo, ou seja, o que possui maior teor de ferro já encontrado. Porém,
ao mesmo tempo em que a descoberta da Província Mineral de Carajás trouxe
enormes benefícios econômicos para a região, a extração mineral também causa
uma série de impactos ambientais e culturais significativos.
Na região
da Serra dos Carajás já foram encontrados diversos sítios arqueológicos que
ainda nem foram estudados, com exceção do sítio localizado na Serra dos Carajás
chamado “Gruta do Gavião”, que possui evidências de presença humana datadas de
8.500 anos e está entre as maiores do país. Infelizmente, a Gruta do Gavião foi
destruída em 1994 pela mineração. Outra gruta ameaçada pela exploração mineral
é a Gruta do Piquiá onde foi feito o registro dos primeiros artefatos em ferro
lascado do Brasil.