A globalização é o fenômeno mais
recente da economia capitalista mundial. É o resultado da evolução da
técnica e da ciência, da eficiência dos meios de transportes e
comunicações e da construção de instituições supranacionais que lhe dão
sustentação, como a OMC (Organização Mundial do Comércio) e os diversos
blocos econômicos regionais que, há pouco mais de uma década, estão em
processo de consolidação. Caracteriza-se pela liberdade de circulação de
mercadorias, capitais e serviços entre os países.
Hoje, mais do que nunca, o
mercado é controlado pelas grandes corporações multinacionais, que têm
investimentos espalhados pelos cinco continentes, e o Estado acaba sendo
um instrumento de expressão dessas corporações.
O mundo globalizado definiu uma
nova organização do espaço geográfico, com impacto em todas as regiões do
mundo, ampliando as diferenças entre os países desenvolvidos e
sub-desenvolvidos e entre as classes sociais no interior de cada um
deles. As conquistas técnicas e científicas promovidas por essa nova fase
do capitalismo mundial ficaram fora do alcance de muitos.
Diversos movimentos surgiram em
todo o mundo, em razão das conseqüências negativas ocasionadas pela
globalização, as quais atingiram todos os países, incluindo os
desenvolvidos. Tais movimentos partem do princípio que as multinacionais
conquistaram tanto poder que estão moldando o mundo segundo seus
interesses econômicos.
Existem normas rígidas que
organizam o comércio mundial de mercadorias e de serviços. Essas normas
são definidas e controladas pela OMC, que, teoricamente, tem poder de
decisão sobre todo o comércio mundial, embora prevaleçam na
aplicação dessas normas, os
interesses das grandes potências mundiais.
As regras da OMC têm por objetivo
promover maior fluxo de mercadorias e serviços entre os países que dela
fazem parte, principalmente pela redução das barreiras tarifárias, já que
a globalização exige mercados mais abertos à circulação de bens e
serviços.
Quando defendem seus interesses
econômicos, os países desenvolvidos estão garantindo, sobretudo, espaço
para a expansão das corporações multinacionais. Já os subdesenvolvidos
disputam seus investimentos, abrindo seus mercados, reduzindo ou
isentando o pagamento de impostos, doando terrenos com todas as
estruturas necessárias como transportes, comunicação, saneamento, etc.,
para atrair a instalação de filiais dessas grandes corporações.
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