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O grande mestre não ensina Amplia os horizontes dos seus alunos Num aprendizado constante Nildo Lage

TERREMOTOS E O BRASIL

TERREMOTOS

Terremoto ou sismo são tremores bruscos e passageiros que acontecem na superfície da Terra causados por choques subterrâneos de placas rochosas da crosta terrestre a 300m abaixo do solo. Outros motivos considerados são deslocamentos de gases (principalmente metano) e atividades vulcânicas. Existem dois tipos de sismos: Os de origem natural e os induzidos.
A maioria dos sismos são de origem natural da Terra, chamados de sismos tectônicos. A força das placas tectônicas desliza sobre a astenosfera podendo afastar-se, colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com essas forças as rochas vão se alterando até seu ponto de elasticidade, após isso as rochas começam a se romper e libera uma energia acumulada durante o processo de elasticidade. A energia é liberada através de ondas sísmicas pela superfície e interior da Terra.
Calcula-se que 10% ou menos da energia de um sismo se reproduz por ondas sísmicas. Existem também sismos induzidos, que são compatíveis à ação antrópica. Originam-se de explosões, extração de minérios, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda de edifícios; mas apresentam magnitudes bastante inferiores dos terremotos tectônicos.
As conseqüências de um terremoto são:

• Vibração do solo,

• Abertura de falhas,

• Deslizamento de terra,

• Tsunamis,

• Mudanças na rotação da Terra.

Além de efeitos prejudiciais ao homem como ferimentos, morte, prejuízos financeiros e sociais, desabamento de construções etc. As regiões mais sujeitas a terremotos são regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se forma novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a milhões de quilômetros como, por exemplo, a falha de San Andreas na Califórnia, Estados Unidos.
Só nos Estados Unidos acontecem cerca de 13 mil terremotos por ano que variam de aproximadamente 18 grandes terremotos e um terremoto gigante sendo que os demais são leves ou até mesmo despercebidos.
A escala mais usada para medir a grandeza dos terremotos é a do sismólogo Charles Francis Richter. Sua escala varia de 0 a 9 graus e calcula a energia liberada pelos tremores. Outra escala muito usada é a Mercalli-Sieberg, que mede os terremotos pela extensão dos danos. Essa escala se divide em 12 categorias de acordo com sua intensidade.

Terremotos no Brasil
Destruição causada por um terremoto
Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por falhas geológicas, vulcanismos e, principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectônicas. A maioria dos abalos sísmicos é provocada pela pressão aplicada em duas placas contrárias. Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são, o Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas numa zona de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana.
O Brasil está situado no centro da placa Sul-Americana, no qual ela atinge até 200 quilômetros de espessura, e os sismos nessa localidade, raramente possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos no território brasileiro, causados por desgastes na placa tectônica, promovendo possíveis falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em todo o território nacional proporcionando terremotos de pequena magnitude, alguns deles, considerados imperceptíveis na superfície terrestre.
Segundo o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), no século XX, foram registradas mais de uma centena de terremotos no país, com magnitudes que atingiram até 6,6 graus na escala Richter. Porém, a maior parte destes abalos não ultrapassou a 4 graus.
Em 1955, no Mato Grosso, foi detectado um terremoto de 6,6 graus na escala Richter. Nesse mesmo ano, o Espírito Santo foi atingido por um abalo sísmico de 6,3 graus e no Ceará, foi registrado um terremoto de 5,2 graus na escala Richter, em 1980.
O estado do Amazonas, em 1983, sofreu com um terremoto de 5,5 graus, entretanto, pelo fato de esses terremotos terem atingido áreas com pouca concentração populacional, não houve danos materiais e nem vítimas.
João Câmara, município do Rio Grande do Norte e habitado por 31.518 pessoas, foi atingido por uma série de terremotos na década de 1980. O mais grave deles ocorreu no dia 30 de novembro de 1986, no qual a cidade tremeu com um abalo sísmico de 5,1 graus na escala Richter, provocando a destruição de 4 mil imóveis.
Em Minas Gerais, no município de Itacarambi, um terremoto de 4,9 graus promoveu um tremor que durou aproximadamente 20 segundos, tempo suficiente para derrubar 6 casas e abalar a estrutura de outras 60 residências. Nessa ocasião, uma criança de cinco anos morreu soterrada nos escombros de uma das casas atingidas.
O último grande terremoto registrado no Brasil ocorreu no dia 22 de abril de 2008. Um tremor de 5,2 graus foi sentido nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, embora não tenha sido registrado nenhum desabamento, nem tão pouco a ocorrência de vítimas.

OS TERREMOTOS E SEUS EFEITOS
Os terremotos são tremores de terra, correspondem a um fenômeno natural que compõe a estrutura do planeta, uma vez que essa não é estática, pelo contrário, é bastante dinâmica e realiza diversos movimentos, pois existe uma grande quantidade de energias em seu interior.
O terremoto é um dos elementos ativos que ocorre no planeta, nesse caso é desenvolvido com várias intensidades que oscilam de acordo com a energia liberada medida em nível de escala. No mundo a escala mais usada é a Escala Richter que varia de 0 a 9 graus, em energia liberada pelo tremor.
Desse modo, à medida que a escala aumenta a destruição também a acompanha. A seguir distintas escalas e o grau de destruição que elas representam.
Energia liberada em Escala Richter Consequências do terremoto
  • Inferior a 3,5 graus Abalo que pode ser registrado, mas difícil de ser percebido, nesse caso não causa danos.
  • 3,5 a 5,4 graus Tremor que pode ser percebido, mas que dificilmente causa destruição.
  • Inferior a 6,0 graus Terremoto com capacidade de produzir prejuízos com pequena intensidade em edificações com estrutura de elevado índice de qualidade, nas construções de má qualidade o abalo promove grandes danos.
  • 6,1 a 6,9 graus Essa intensidade possui uma quantidade de energia capaz de gerar destruição e danos em uma área de 100 quilômetros ao redor.
  • 7 a 7,9 graus Energia liberada com potencial elevado que pode tirar os prédios das fundações, além de causar fendas na superfície, danificar os sistemas de esgoto e água que se encontram no subsolo e que podem ser quebrados.
  • 8 a 8,5 graus Tremor de grande proporção que deriva grande destruição nas edificações em geral, além de desintegrar pontes, praticamente nenhuma construção é capaz de suportar a energia liberada.
  • 9 graus Destruição total
  • 12 graus (hipoteticamente) Poderia partir a Terra ao meio.
A partir dessa tabela é possível estabelecer uma compreensão acerca do risco que diversas sociedades correm, por mais que se tente prever não é possível determinar quando e onde irá ocorrer um abalo, pois pode acontecer em qualquer lugar, sem prever a intensidade.
Todos os anos acontecem aproximadamente 300 mil abalos em toda extensão da superfície terrestre com escalas entre 2 e 2,9 graus, já os de maior intensidade em torno de 8 graus acontecem em períodos oscilantes entre 5 e 10 anos.

Risco de terremotos no Brasil
Os recentes terremotos no Chile e no Haiti (causando mais de 100 mil mortes) assustaram a população latino-americana. No Brasil, os terremotos não ocorrem com intensidade, no entanto, ao contrário do que muitos pensam, o país não está totalmente isento desse fenômeno.
As principais regiões afetadas por terremotos são aquelas localizadas próximas às bordas das placas tectônicas onde há zonas de convergência, ou seja, encontro entre duas ou mais placas diferentes.
Apesar de o Brasil se localizar bem no centro da Placa Sul-Americana, onde ela atinge até 200 quilômetros de espessura, terremotos causados por desgastes na placa tectônica, que, por sua vez, causam falhas geológicas, podem ocorrer no país. Além disso, é possível sentir as consequências de terremotos com epicentro em países da América Latina.
Entre os principais terremotos registrados no Brasil podemos destacar:
- No estado do Mato Grosso, em 1955, um terremoto de 6,6 graus na escala Richter foi registrado.
- Em 1955, um terremoto de 6,3 graus atingiu o estado do Espírito Santo.
- No Ceará foi registrado um terremoto de 5,2 graus na escala Richter, em 1980.
- Em 1983, um sismo de 5,5 graus atingiu o estado do Amazonas.
- Minas Gerais, em 2007, registrou um terremoto de 4,9 graus no município de Itacarambi. Nessa ocasião, uma criança morreu soterrada, sendo, até hoje, a única vítima fatal registrada no Brasil em decorrência de um sismo.
- Em abril de 2008, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina foram atingidos por um terremoto de 5,2 graus na escala Richter.
Conforme dados divulgados pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), foram registrados no Brasil mais de 100 terremotos no século 20. Todos eles com pequenas magnitudes e intensidade, muitas vezes seus efeitos são imperceptíveis na superfície terrestre. Terremotos com mais de 7 graus na escala Richter, causando destruição, apresentam pequenas possibilidades de ocorrerem no Brasil, pois eles são mais frequentes em locais próximos a zonas de convergência entre placas tectônicas, o que não é o caso brasileiro.
Portanto, o Brasil não está totalmente livre da ocorrência de terremotos, porém, esses tremores ocorrem sem que haja grande destruição de construções e infraestrutura, pois o território brasileiro se encontra distante da zona de instabilidade tectônica, ou seja, longe das zonas de convergência entre placas.

TERREMOTOS E O HOMEM
Os terremotos ou abalos sísmicos ocupam um lugar de destaque entre os maiores fenômenos, com poder de provocar uma série de danos ao homem e à própria natureza; desse modo, essa catástrofe já vitimou bilhões de pessoas em todo o mundo no decorrer da história.
Diante desse problema um tanto quanto imprevisível, o homem, no desenvolver das décadas, elaborou estudos e pesquisas com intuito de conhecer e compreender esse fenômeno natural, os abalos sísmicos.
Os estudos foram evoluindo na medida em que as ciências e as tecnologias avançaram, desse modo, na contemporaneidade existem centros específicos responsáveis por observar o conjunto de placas litosféricas e outros elementos que causam tal fenômeno, gerando informações preliminares, com intuito de divulgá-las nos possíveis locais propícios à ocorrência de abalos.
Tendo em vista que alguns lugares possuem maior possibilidade de ocorrência de terremotos, o homem através de seu intelecto criou estruturas na construção civil (edifícios, casas) adaptadas à incidência de abalos sísmicos.
Devido o monitoramento realizado em distintos pontos do mundo, uma gradativa diminuição nos índices de vítimas foi alcançada, isso indica que tragédias que ocorreram no passado podem ser evitadas, pois a sociedade está mais preparada para esse evento natural.
O Tsunami que ocorreu na Ásia vitimou uma quantidade elevada de pessoas, o saldo de mortos foi elevado somente pelo fato de não ter havido uma previsão, pois o Oceano Índico no momento do evento não contava com aparelhos que identificassem tremores submarinos.

Por:
Gabriela Cabral
Eduardo de Freitas
Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

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