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RIBEIRÃO PRETO, SP, Brazil
O grande mestre não ensina Amplia os horizontes dos seus alunos Num aprendizado constante Nildo Lage

SENSORIAMENTO REMOTO (GPS)


Nossos ancestrais tiveram de apelar para medidas extremas para não ficarem perdidos: eles erguiam pontos de referência monumentais, desenhavam mapas detalhados com muita dificuldade e aprendiam a ler as estrelas no céu.
As coisas são muito, muito mais fáceis hoje em dia. Por menos de US$ 100 é possível comprar um dispositivo de bolso que lhe diz exatamente em que ponto da Terra você está a qualquer momento. Contanto que você tenha um receptor GPS e uma vista desobstruída do céu, nunca ficará perdido outra vez.
Nesse artigo, veremos como esses convenientes guias realizam este surpreendente “truque”. Como veremos mais adiante, o Sistema de Posicionamento Global é amplo, caro e envolve muita técnica, mas os conceitos básicos em ação são consideravelmente simples e intuitivos.
Quando as pessoas falam sobre "um GPS", estão normalmente se referindo a um Receptor GPS. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é uma verdadeira constelação de 27 satélites em órbita ao redor da Terra (24 em operação e 3 extras caso haja falha nos outros). O exército americano desenvolveu e implementou essa rede de satélites como um sistema de navegação militar, mas logo a disponibilizou às demais pessoas.
O sensoriamento remoto é uma tecnologia de obtenção de imagens e dados da superfície terrestre através da captação e registro da energia refletida/emitida pela superfície sem que haja contato físico entre o sensor e a superfície estudada (por isso é chamado de remoto).
Os sensores óptico-eletrônicos utilizados para a captura dessa energia funcionam como uma câmera fotográfica (que capta e registra a radiação – luz – emitida/refletida pelo objeto) que tirasse fotos da superfície terrestre, só que um pouco mais sofisticados.
As câmeras fotográficas convencionais captam apenas o espectro de luz visível (de ondas longas), já os sensores utilizados no sensoriamento remoto costumam captar outras bandas (uma delas é o infravermelho, que é muito importante para o estudo das vegetações, por exemplo).
Após feita a captura da imagem, estas serão analisadas, transformadas em mapas ou constituirão um banco de dados georreferenciados caracterizando o que chamamos de Geoprocessamento.
O veículo mais utilizado para captura de imagens em sensoriamento remoto é, com certeza, o satélite devido a sua melhor relação de custo-benefício, uma vez que ele pode passar anos em órbita da terra.
Os mais famosos satélites são: o CBERS, Chinese – Brazilian Earth Resources Satellite, com 1.450kg e duração de dois anos é um satélite nacional em parceria com a China, lançado em 1999 e administrado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais); o Landsat 7 (Earth Resources Technology Satellite), com aproximadamente 2.100kg e mais de cinco anos de vida foi lançado em 1999. O primeiro Landsat foi lançado ainda em 1972; o SPOT (Sistéme Probatoire de L’Observation De La Terre France), com 2.700 kg e, também, mais de cinco anos de vida sendo que o primeiro da série (SPOT 1) foi lançado em 1986.

Nossos ancestrais tiveram de apelar para medidas extremas para não ficarem perdidos: eles erguiam pontos de referência monumentais, desenhavam mapas detalhados com muita dificuldade e aprendiam a ler as estrelas no céu.
As coisas são muito, muito mais fáceis hoje em dia. Por menos de US$ 100 é possível comprar um dispositivo de bolso que lhe diz exatamente em que ponto da Terra você está a qualquer momento. Contanto que você tenha um receptor GPS e uma vista desobstruída do céu, nunca ficará perdido outra vez.
Nesse artigo, veremos como esses convenientes guias realizam este surpreendente “truque”. Como veremos mais adiante, o Sistema de Posicionamento Global é amplo, caro e envolve muita técnica, mas os conceitos básicos em ação são consideravelmente simples e intuitivos.
Quando as pessoas falam sobre "um GPS", estão normalmente se referindo a um Receptor GPS. O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é uma verdadeira constelação de 27 satélites em órbita ao redor da Terra (24 em operação e 3 extras caso haja falha nos outros). O exército americano desenvolveu e implementou essa rede de satélites como um sistema de navegação militar, mas logo a disponibilizou às demais pessoas.
O sensoriamento remoto é uma tecnologia de obtenção de imagens e dados da superfície terrestre através da captação e registro da energia refletida/emitida pela superfície sem que haja contato físico entre o sensor e a superfície estudada (por isso é chamado de remoto).
Os sensores óptico-eletrônicos utilizados para a captura dessa energia funcionam como uma câmera fotográfica (que capta e registra a radiação – luz – emitida/refletida pelo objeto) que tirasse fotos da superfície terrestre, só que um pouco mais sofisticados.
As câmeras fotográficas convencionais captam apenas o espectro de luz visível (de ondas longas), já os sensores utilizados no sensoriamento remoto costumam captar outras bandas (uma delas é o infravermelho, que é muito importante para o estudo das vegetações, por exemplo).
Após feita a captura da imagem, estas serão analisadas, transformadas em mapas ou constituirão um banco de dados georreferenciados caracterizando o que chamamos de Geoprocessamento.
O veículo mais utilizado para captura de imagens em sensoriamento remoto é, com certeza, o satélite devido a sua melhor relação de custo-benefício, uma vez que ele pode passar anos em órbita da terra.
Os mais famosos satélites são: o CBERS, Chinese – Brazilian Earth Resources Satellite, com 1.450kg e duração de dois anos é um satélite nacional em parceria com a China, lançado em 1999 e administrado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais); o Landsat 7 (Earth Resources Technology Satellite), com aproximadamente 2.100kg e mais de cinco anos de vida foi lançado em 1999. O primeiro Landsat foi lançado ainda em 1972; o SPOT (Sistéme Probatoire de L’Observation De La Terre France), com 2.700 kg e, também, mais de cinco anos de vida sendo que o primeiro da série (SPOT 1) foi lançado em 1986.

Foto cortesia da NASA
Satélite GPS NAVSTAR
 

 
Cada um destes satélites movidos a luz solar e pesando de 3 a 4 mil libras (aproximadamente 1.360 a 1.814 kg) circunda o globo terrestre a aproximadamente 19.300 quilômetros, completando duas rotações completas a cada dia. As órbitas são dispostas de modo que a qualquer hora do dia, em qualquer lugar na Terra, haja pelo menos quatro satélites "visíveis" no céu.



Foto cortesia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Concepção artística da constelação de satélites GPS

A extensão do atraso é igual ao tempo de viagem do sinal. O receptor multiplica esse tempo pela velocidade da luz para determinar qual distância o sinal viajou. Supondo que o sinal tenha viajado em linha reta, essa é a uma distância do receptor até o satélite.
Para realizar essa medição, tanto o receptor quanto o satélite necessitam de relógios que podem ser sincronizados no nível do nanossegundo. Para criar um sistema de posicionamento via satélite utilizando somente relógios sincronizados, você necessitaria de relógios atômicos não somente em todos os satélites, mas também no próprio receptor. Mas os relógios atômicos custam entre US$50 mil  e US$100 mil, o que os torna caros demais para o consumidor comum.
O sistema de posicionamento global tem uma solução inteligente e eficaz para esse problema. Cada satélite contém um relógio atômico caro, mas o receptor em si utiliza um relógio de quartzo comum, que é reiniciado constantemente. Em suma, o receptor observa os sinais provenientes de quatro ou mais satélites e ajusta sua própria imprecisão. Em outras palavras, existe apenas um valor para o "horário atual" que o receptor pode utilizar. O valor corretode hora fará com que todos os sinais que o receptor está recebendo alinhem-se em um único ponto no espaço. Esse valor de hora é o mesmo dos relógios atômicos em todos os satélites. Assim, o receptor ajusta seu relógio de acordo com esse valor de hora e passa a ter a mesma hora que todos os relógios atômicos têm em todos os satélites. O receptor GPS tem a precisão de um relógio atômico "independente".
Quando você mede a distância de quatro satélites localizados, você pode desenhar quatro esferas que se cruzam em algum ponto. Três esferas irão se cruzar mesmo que seus números estejam muito incorretos, mas quatro esferas não se cruzarão em nenhum ponto se você tiver medido incorretamente. Como o receptor faz todas as suas medidas de distância utilizando seu próprio relógio embutido, todas as distâncias estarão proporcionalmente incorretas.
O receptor pode calcular facilmente o ajuste necessário que faz com que as quatro esferas se cruzem em um mesmo ponto. Baseado nisso, o receptor reinicia o seu relógio para que ele se sincronize com o relógio atômico do satélite, fazendo isso sempre que está ligado, o que significa que ele é quase tão preciso quanto os  caros relógios atômicos dos satélites.
Para que a informação da distância seja útil, o receptor também tem que saber onde os satélites estão, de fato, e isso não é difícil, já que eles viajam em órbitas muito elevadas e previsíveis. O receptor GPS simplesmente armazena um almanaque que lhe diz onde cada satélite deveria estar em qualquer momento determinado. Elementos como a atração da lua e do sol mudam ligeiramente as órbitas dos satélites, mas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos monitora constantemente suas posições exatas e transmite quaisquer eventuais ajustes a todos os receptores GPS, como parte dos sinais dos satélites. 


GPS Diferencial
Até aqui aprendemos como um receptor GPS calcula sua posição na Terra baseado na informação que recebe de 4 satélites. Esse sistema funciona muito bem, mas imprecisões podem ocorrer. Esse método supõe que os sinais de rádio atravessarão a atmosfera em uma velocidade consistente (a velocidade da luz). Na realidade, a atmosfera da Terra reduz um pouco a velocidade da energia eletromagnética, particularmente quando atravessa a ionosfera e a troposfera. O atraso varia de acordo com o lugar onde você está na Terra, o que significa que é difícil contabilizar esse atraso com precisão nos cálculos de distância. Os problemas também podem ocorrer quando os sinais de rádio rebatem em grandes objetos como arranha-céus, dando a um receptor a impressão de que um satélite está muito mais distante do que realmente está. Além de tudo isso, os satélites às vezes emitem dados de almanaque imprecisos, revelando incorretamente sua própria posição.
Um GPS Diferencial (DGPS) ajuda a corrigir estes erros. A idéia básica é ajustar a imprecisão do GPS em uma estação receptora fixa com uma posição conhecida. Como o equipamento DGPS, na estação receptora, já sabe sua própria posição, pode facilmente calcular a imprecisão do seu receptor. A estação transmite um sinal de rádio a todos os receptores da região que estejam equipados com DGPS, fornecendo informações de correção de sinal naquela área. No geral, o acesso a essas informações de correção faz dos receptores DGPS muito mais precisos do que receptores comuns.
A função mais essencial de um receptor GPS é captar as transmissões de pelo menos quatro satélites e combinar as informações dessas transmissões com a informação em um almanaque eletrônico, tudo isso para obter a posição do receptor na Terra.
Uma vez feito esse cálculo, o receptor pode dizer-lhe a latitude, a longitude e a altitude (ou alguma medida semelhante) da sua posição atual. Para facilitar a navegação, a maioria dos receptores insere esses dados não processados em arquivos de mapa armazenados na memória.

Foto cortesia de Garmin
StreetPilot II, um receptor GPS com os mapas internos para motoristas
Você pode utilizar os mapas armazenados na memória do receptor, conectar o receptor a um computador que possa armazenar mapas mais detalhados em sua memória ou simplesmente comprar um mapa detalhado da sua área e localizar-se utilizando as leituras de latitude e longitude do receptor. Alguns receptores permitem o download de mapas detalhados para a memória ou que você forneça mapas detalhados por meio de cartuchos de mapa conectados ao receptor.
Um receptor GPS padrão não só situará você no mapa em um determinado local, como também irá traçar seu caminho por um mapa à medida que você se move. Se você deixar seu receptor ligado, ele poderá permanecer em constante comunicação com os satélites GPS para ver como a sua posição está mudando. Com essas informações e com seu relógio interno, o receptor pode dar-lhe diversas informações pertinentes:
·         qual a distância que você viajou (odômetro)
·         por quanto tempo você viajou
·         sua velocidade atual (velocímetro)
·         sua velocidade média
·         uma trilha que mostra no mapa exatamente onde você viajou
·         o tempo estimado até o seu destino se mantiver sua velocidade atual


Fatos interessantes
·         O primeiro satélite GPS foi lançado em 1978.
·         O sistema atual é composto de satélites GPS de segunda geração, chamado Bloco II.
·         O primeiro satélite do Bloco II foi lançado em 1989.
·         O Departamento de Defesa dos Estados Unidos declarou o GPS inteiramente operacional em 1995.
·         Quando o sistema foi inicialmente introduzido, erros de cálculo eram programados em transmissões GPS para limitar a precisão de receptores GPS não-militares. Essa operação foi cancelada em maio de 2000.
·         Há 24 satélites GPS em órbita neste momento.
·         Os 24 satélites custaram cerca US$ 12 bilhões para serem fabricados e lançados.
·         Cada satélite pesa aproximadamente 785 kg.
·         Os satélites estão em órbita a cerca de 20 mil km acima da Terra.
·         Um satélite leva 12 horas para orbitar a Terra completamente.
·         Os russos possuem um sistema idêntico ao sistema americano chamado GLONASS.



Lixo espacial
A colisão entre um satélite russo e outro americano em meados de fevereiro reacendeu o debate sobre os riscos do acúmulo de lixo espacial para a humanidade. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro objeto a entrar em órbita, em 1957, a evolução tecnológica permitiu que naves, foguetes e outras centenas de satélites explorassem o espaço tranquilamente. Após perderem a utilidade, porém, esses objetos permaneceram no mesmo local e passaram do status de exploradores para o de poluidores espaciais. Atualmente, cerca de 17.000 destroços com mais de 10 centímetros giram em torno do Planeta Terra, provocando colisões e danificando naves (na imagem acima, uma montagem feita em computador mostra o acúmulo do lixo ao redor do planeta). Saiba as consequências disso e quais são as possíveis soluções para a realização de uma “faxina no espaço”.

1. O que é lixo espacial?
O lixo espacial é composto detritos de naves, combustíveis, satélites desativados, lascas de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objetos metálicos e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. “O que existe é uma grande nuvem de objetos dos mais variados tamanhos e pesos, desde um grama até toneladas”, explicou Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

2. Quando surgiu? Como está a situação atualmente?
O grande precursor do acúmulo de detritos no espaço foi o Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra, lançado em 1957 pela antiga União Soviética. Hoje em dia, com a evolução tecnológica, há cerca de 800 satélites ativos em órbita. Enquanto isso, segundo o chefe do laboratório do Inpe, a órbita se tornou um “vasto lixão espacial”. De acordo com dados divulgados em 2008 pela Nasa, a agência espacial americana, foram contabilizados no espaço aproximadamente 17.000 destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objetos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e dezenas de milhões de partículas menores que 1 centímetro.


3. Então a evolução tecnológica só serviu para “poluir” o espaço?
Não necessariamente. Para Souza, a contrapartida da sujeira produzida pela evolução da tecnologia foi o benefício que ela trouxe para sociedade. “Não podemos dizer que tudo é lixo e apenas nos causa mal. Tudo que está lá sempre teve um propósito, nada foi colocado só para poluir. O lixo acumulado é um preço que se paga em função de um beneficio adquirido”, lembra ele.


4. O que acontece com os detritos que ficam no espaço e ninguém retira?
Nem tudo o que foi colocado no espaço permanece em órbita. Souza explicou que os detritos vão paulatinamente perdendo altitude e, mais cedo ou mais tarde, caem na Terra. Segundo o chefe do laboratório do Inpe, detritos que estão em altitudes baixas caem mais rápido, em meses. Já os mais altos permanecem por décadas. “Quando um satélite é lançado, ele permanece lá por meses ou anos e, ao final da vida útil, é simplesmente desligado. Ao ser desligado, o satélite deixa de ser usado e se transforma em lixo. É como se alguém abandonasse um carro e o deixasse ali. Porém, é viável pegar um carro velho e levar para o pátio. E no caso do satélite não existe um pátio”, compara Souza.

5. É possível ser atingido por um pedaço de satélite, por exemplo?
Essa possibilidade existe, mas a chance de ser atingido é reduzidíssima. Desde o início da corrida espacial, foram inúmeros os registros de quedas de detritos em diversas localidades, como os Estados Unidos, a Austrália e a África. Conforme Souza, porém, muitas vezes o lixo acaba queimando antes de cair na Terra. Quando consegue atravessar a atmosfera, o lixo espacial ainda enfrenta a probabilidade de cair no mar, já que os oceanos ocupam 75% da Terra. “Nunca vai acontecer uma tempestade de lixo espacial, a física não permite isso. É ficção científica”, esclarece o especialista.



7. Na prática, como os detritos espaciais poderiam afetar a vida do homem?
Para a saúde do planeta Terra, o lixo espacial não tem a menor importância, já que representa uma quantidade de massa insignificante, segundo explicou o chefe do laboratório do Inpe. A grande afetada, caso o espaço fosse inutilizado, seria a sociedade. Os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas. “O grande problema do lixo espacial está lá em cima: é a probabilidade desses fragmentos danificarem equipamentos necessários para o homem”, explicou o especialista brasileiro.


8. É possível fazer uma “faxina espacial”?
“Limpar o espaço não é como limpar um terreno baldio. Não existe tecnologia para remover esses objetos em órbita, porque a limpeza não é viável”, diz Petrônio Noronha de Souza. Ele explica que a tecnologia não existe de fato - há apenas algumas idéias. A concretização desses métodos, contudo, exige um gasto tão astronômico que a viabilidade técnica acaba sendo questionada.


9. Quais métodos já foram apresentados?
A seguir, algumas das formas já propostas para tentar tirar o lixo do espaço:
Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.
Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.
Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.
Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

6. Na pior das hipóteses, quais são os riscos do acúmulo de lixo espacial?
O cenário mais remoto, porém fisicamente demonstrável, é a Síndrome de Kessler. A hipótese, apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. “Isso lembra uma reação em cadeia, em que choques vão gerando choques e mais choques, como se quase tudo que estivesse em orbita criaria um cinturão e inviabilizaria completamente o uso do espaço”, diz Souza.


10. Há alguma alternativa para evitar que os satélites que estão em órbita não se tornem lixo espacial?
Sim. O chefe do laboratório do Inpe explica que, para evitar que as centenas de satélites em atividade se transformem em lixo espacial ao fim de suas atividades, é preciso programá-los para que eles sigam em direção às chamadas órbitas-cemitério. Assim, os satélites ficariam em lugares bem distantes da Terra, sem oferecer riscos de colisões. De acordo com a Nasa, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros entram no espaço.


11. Por que o uso das órbitas-cemitério não é tão comum?
Muitas vezes isso não ocorre por razões financeiras. De acordo com Souza, um satélite é projetado para permanecer em órbita por cerca de quatro anos. Retirá-lo de lá antes de se auto-desligar para movê-lo em direção a outro lugar significa interromper um trabalho que custa caro. Se a empresa demora muito, acaba ficando tarde demais. Souza explica que, ultimamente, as operadoras de telecomunicações, que possuem posições orbitais muito bem determinadas, têm se interessado em alterar a rota para as órbitas-cemitério. Isso ocorre porque, se o satélite continuar no mesmo local, pode vir a atrapalhar a instalação de um novo.


12. As agências espaciais se preocupam com esse tema?
A maioria das organizações possui um núcleo para tratar de assuntos relacionados ao lixo espacial. Em 1986, a ESA, agência espacial europeia, criou um grupo para analisar e estudar os detritos no espaço. Neste ano, a ESA investiu 64 milhões de dólares em um programa chamado Conscientização da Situação Espacial. Já a Nasa criou, em 1997, o Centro de Estudos de Órbita e Re-entrada de Destroços. Além dessas, há também a Inter-Agency Space Debris Coordination Committee (IADC), que se propõe a ser um órgão internacional que coordena atividades relacionadas a assuntos ligados ao lixo espacial. O IADC agrega agências espaciais de países como Alemanha, Índia, China e Japão. As organizações costumam recomendar práticas ideais, mas que dificilmente são adotadas, já que não são imposições legais. “As organizações não têm força de lei. Somente fazem sugestões que as nações adotam ou não”, explica Souza.


13. O Brasil também tem sua parte de responsabilidade na “poluição do espaço”?
Segundo Souza, o Brasil possui dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China. “Nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita. Por isso, o Brasil não pode se eximir.”

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/lixo-espacial/satelite-colisao-poluicao-orbita.shtml


CURVA DE NÍVEL
A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de um terreno.
Imagine uma montanha de 800 metros vista de cima. Seu formato é irregular, logo se traçarmos uma linha contornando-a a 700 metros o desenho do contorno (uma curva) será diferente, e menor, daquele que fizermos contornando-a a 100 metros, mais próximo da base. Esse desenho do contorno a uma dada altitude, que deve ser a mesma em todos os pontos da linha, é a chamada curva de nível e serve para representar o relevo de algum local nas plantas topográficas.
Geralmente, em uma planta topográfica, usa-se como referência a altura média do mar para se traçar as curvas de nível chamadas de “mestras” que são representadas por traços mais grossos. Podemos usar também, as linhas chamadas de auxiliares ou intermediárias para facilitar a leitura da planta topográfica. Todas as curvas possuem também, a altura em que se situam.
As curvas de nível são sempre paralelas entre si. Uma linha mestra jamais se cruzará com uma linha intermediária, por exemplo, mesmo que elas às vezes, cheguem bastante perto disso, e elas sempre se fecham sobre si mesmas (como um “O”, mas, na maioria das vezes, irregular). O que pode acontecer é de no papel, por causa de um efeito visual, as linhas se cruzarem, mas, na verdade, elas nunca se cruzam, uma vez que na realidade uma está embaixo da outra visto que cada curva de nível representa uma altitude. Nestes casos, costuma-se representar a linha, ou curva, debaixo com um tracejado.
Pela proximidade das linhas pode-se verificar se o terreno tem um declive muito acentuado ou não. Se as linhas estiverem muito próximas entre si, significa que o declive é bastante acentuado (um pico, por exemplo), já se elas estiverem muito distantes entre si, significa que o declive é suave (uma planície com pequenas elevações, por exemplo).
Mas, as curvas de nível não servem apenas para representar montanhas ou elevações no terreno. Se em uma planta topográfica com curvas de nível os valores da altitude referentes às curvas centrais forem menores do que os valores de altitude das curvas externas, significa que ali está representada uma depressão.
Quando se vai fazer uma planta topográfica com curvas de nível, costuma-se primeiro, antes de desenhar as curvas, fazer o traçado da rede de drenagem do terreno com o fim de facilitar o desenho das curvas. Afinal, é a rede de drenagem (rios, ribeirões, riachos, cachoeiras…) que determina, de forma geral, a topografia do terreno.
Outro conceito associado às curvas de nível (mas que não deve ser confundido) é o “plantio em curvas de nível”. Trata-se de uma técnica para plantio em terrenos acidentados que segue o traçado das curvas.
Lembrando que a legislação ambiental brasileira proíbe o desmate e plantio em terrenos com declividade maior que 45° por se tratar de Áreas de Preservação Permanente (APP) devido a alta tendência a erosão, o plantio em curvas de nível é uma técnica quer visa diminuir a velocidade da enxurrada (arraste) e aumentar a infiltração da água no solo para, com isso, evitar que aconteçam erosões.

 
Fontes


Formas de proteger o solo contra erosão


Área com estágio avançado de erosão.
Um dos principais impactos oriundos da ocupação rural são as erosões, isso ocorre por que a cobertura vegetal original é retirada, tornando o solo propício a sofrer processos erosivos.
Nas propriedades rurais, com o intuito de evitar o surgimento de erosão, é importante que o produtor tome algumas medidas preventivas:
• Realizar o plantio acompanhado de uma curva de nível, essa é uma das mais bem sucedidas práticas de contenção. A curva de nível evita que a água da chuva desça a vertente com grande velocidade, dessa forma não provoca erosão.
• Consorciar lavouras com o plantio de vegetais como o eucalipto, bambu e cana-de-açúcar, pois esses atuam como barreira de proteção em relação à erosão eólica e pluvial.
• Outra alternativa de prevenção é realizar o plantio em curvas de nível do tipo terraço, nessa técnica a água é retida, impossibilitando a formação de escoamento de enxurrada, que é um agente erosivo em potencial.
• Atuar efetivamente na preservação e conservação de matas de galeria, além de recuperar áreas degradadas de matas ciliares, a cobertura vegetal contribui para impedir a passagem de enxurrada que provoca erosão e também evita o assoreamento dos mananciais.
• Regiões acidentadas devem ser preservadas e não ocupadas para o desenvolvimento da agricultura, assim como as áreas de solos frágeis que facilmente são afetadas com a erosão.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


EROSAO
Erosão é o desgaste do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando expande o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão é um problema muito sério, devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema.
Em solos cobertos pela vegetação a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as vegetações, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que formam as rochas, como por processos naturais da degradação e também de erosão. Uma vez que a rocha é quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão.
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação.
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico em nutrientes e materiais orgânicos, quer ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com esses materiais e esse fenômeno de enchimento chama-se assoreamento.
O arrastamento do solo causa no terreno a erosão.
Na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão.
Análise do efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos: A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é, sem dúvida, a principal causa para que ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a sua quantidade e frequência, mais irá influenciar o fenômeno. Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque a velocidade da água escorrendo no solo será diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") que agirão como pequenos degraus que evitam a erosão.
A erosão será diminuída também com as raízes darão sustentação mecânica ao solo; além disso, as raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Outro fator importante é que, se as chuvas são frequentes e o terreno já está saturado de água, a tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que cair, correrá pela superfície.
Se o solo é arenoso o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fatores que contribuem

Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
  • os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas.
  • o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
  • as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
  • a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial

Erosão pluvial

A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenômeno conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais fino para abaixo da superfície, o que provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a erosão.
Necessário se faz em separar claramente as ravinas formadas somente por erosão superficial das formadas pelo processo de erosão remontante. A ação da erosão pluvial aumenta à medida que mais água da chuva se acumula no terreno, isto é, a retirada do solo se dá de cima para baixo. Na erosão remontante acontece exatamente o contrário: a retirada do material se dá de baixo para cima, como é o caso das voçorocas. Uma ravina de origem pluvial pode progredir em direção a uma voçoroca, mas não necessariamente. Da mesma forma podemos ter a progressão de voçorocas independente da erosão pluvial, pois esta depende do fluxo subterrâneo e não do fluxo superficial.
Muitos autores e textos didáticos têm erroneamente confundido estes fenômenos. Separá-los, no entanto, não é somente uma questão de rigor científico, mas uma necessidade prática, pois as formas de se combater um processo erosivo dependerá de que tipo de erosão estamos enfrentando. Muitos processos indicados para evitar ou combater erosão pluvial, não funcionam quando se trata de combater erosão remontante, principalmente nos casos em que amplas voçorocas já estão instaladas na paisagem.
As principais formas de erosão pluvial são:
erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grande prejuízo às terras agrícolas e por fornecer grande quantidade de sedimento que vai assorear rios, lagos e represas. Erosão Pluvial
Este tipo de erosão é provocado pelas águas das chuvas. A água das chuvas pode escorrer sobre a superfície do solo formando as enxurradas, ou infiltrar-se no terreno.
As gotículas de chuva, ao caírem em um barranco ou em qualquer outro terreno, provocam a saltitação (splash erosion) das partículas, tendo assim o que se chama de “ação mecânica das gotas da chuva”, e é justamente esta que provoca o arrancamento e o deslocamento de partículas. Quando o escoamento pluvial acontece é porque a quantidade de chuva caída em uma determinada área é maior que o poder de infiltração, dessa maneira formando as enxurradas, que irá esculpir de várias maneiras os locais por onde passar.
A ação das enxurradas vai, pouco a pouco, retirando a camada fértil do solo, tornando-o cada vez mais improdutivo. Além disso, as enxurradas arrancam plantas e fazem desmoronar barrancos.
A água da chuva que se infiltra no solo pode também arrastar para baixo sais minerais diversos, tirando-os do alcance das raízes e, portanto, empobrecendo a camada superficial do solo. A ação da água que se infiltra no solo e que corre na superfície pode, também, provocar desmoronamentos, formando grandes buracos conhecidos como voçorocas. As voçorocas são comuns em terrenos arenosos e desmatados, podendo atingir centenas de metros de comprimento e trinta ou mais metros de profundidade.
A erosão pluvial é um dos principais fatores que contribui para a diminuição da produtividade e sustentabilidade dos solos agrícolas, podendo acarretar sua degradação. Vários autores têm avaliado perdas de solo, água, nutrientes e matéria orgânica em diferentes sistemas de uso e manejo do solo. No Brasil, o principal agente de erosão é a água das chuvas. Infelizmente, em nosso país são muitos os exemplos de terras ricas que se tornaram estéreis.
É importante lembrar que a erosão pluvial do solo é o resultado da interação entre diversos fatores, como o potencial erosivo da chuva, a suscetibilidade do solo à erosão, o comprimento do declive, a declividade do terreno, o manejo de solo, de culturas e de restos culturais e as práticas mecânicas conservacionistas complementares.
Principais formas de erosão pluvial:
erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grandes prejuízos na atividade agrícola e por transportar grande quantidade de sedimentos que vão assorear os rios.
 Erosão Laminar erosão em sulcos de escorrência: quando a água se concentra em determinados sulcos do terreno, atinge grande volume de fluxo e pode transportar maior quantidade de partículas formando ravinas na superfície. Estas ravinas podem rapidamente atingir a alguns metros de profundidade.

Erosão eólica

Erosão eólica, rochas metamórficas nos arredores de Puno
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas. Formação das dunas
Quando o vento sopra seguidamente na mesma direção, ele acaba depositando num mesmo lugar a areia que carregou. Sendo dessa maneira que as dunas se formam, estas que são grandes depósitos de areia que podem ser encontrados em algumas praias e em desertos. As dunas podem surgir também quando a areia, transportada pelo vento, se acumula em torno de um obstáculo, como por exemplo uma grande pedra.
A erosão eólica ocorre em geral em regiões planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e sopram ventos fortes. Constitui problema sério quando a vegetação natural é removida ou reduzida; os animais e o próprio homem contribuem para essa remoção ou redução. As terras ficam sujeitas à erosão pelo vento quando deveriam estar com a vegetação natural e são colocadas em cultivo com um manejo inadequado.

Erosão marinha

O quebrar das ondas causa erosão com o tempo.
A erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam cedendo transformando-se em grãos, esse trabalho constante atua sobre o litoral transformando os relevos em planície e deve-se praticamente à ação de um fator presente na termodinâmica: a convecção dos ventos, responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés .
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias.
Em Portugal, na região de Aveiro, vive-se atualmente uma situação preocupante. A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar para além de várias populações serem afectadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afectando todo o ecossistema.
No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de areia da praia.

Erosão química

Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a humidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.

Erosão glacial

As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congela novamente no inverno seguinte. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e consequentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.

Erosão fluvial

Erosão fluvial é o desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este processo pode levar a alterações no curso do rio. O relevo resultante da sedimentação das rochas no processo de erosão é denominado Colúvio. A erosão das rochas pode gerar ravinas, voçorocas e deslizamentos de terra, no qual estes sedimentos são escoados para as partes mais baixas, formando colúvios e depósitos de encosta.

Consequências da erosão


Efeitos poluidores da ação de arraste

·    Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
·         Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
·       Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
·      Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo).

 Outros danos

·         Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
·         Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.
Os solos são muito importantes para a nossa vida e também a dos animais e das plantas, pois fornece alimento e atua como suporte à água e ao ar.

 


1. O que é o solo?
O solo, também chamado terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos e que sobre ele, na maioria das vezes,  construímos as nossas casas. 

  
2.Como o solo é formado? 
O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral

  
3. Como os seres vivos ajudam na formação dos solos?
Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo.
Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta.
Além disso os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
Deste modo o solo é representado pela seguinte expressão:

IMPORTANTE:

É preciso que a matéria orgânica seja misturada com o material solto e macio para que o solo possa existir de verdade.

  

4.Qual a composição do solo?
O solo ou terra como também é chamado, é composto de quatro partes, a saber:
ar;
água;
matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); e
parte mineral que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o  barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem.
Estes quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.



5. E o ar do solo onde ele está?
Dentro do solo existem pequenos buraquinhos, que chamamos de poros do solo, onde fica guardada a água e  o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar.


O SOLO FUNCIONA COMO UMA ESPONJA QUE USAMOS PARA TOMAR BANHO: TEM ÁGUA E AR DENTRO DELE.



6. Como o solo é estudado?
O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho, a saber :
Areia - a parte mais grosseira;
Silte - uma parte um pouco mais fina, ou seja o limo que faz escorregar; e
Argila - uma parte muito pequena que para ser visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja a mesma que gruda no sapato.



7. Como o solo é organizado?
Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma organização. Para podermos entender esta organização, primeiro vamos imaginar um bolo de aniversário que tem várias camadas, uma em cima da outra, como: uma camada de chocolate, uma de morango e uma de baunilha. O solo também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo.
Em cada uma destas fotos, podemos ver as diferentes camadas do solo, sendo cada uma de uma cor diferente. Estas camadas são os horizontes do solo, assim como as camadas do bolo de aniversário.
Estes horizontes podem apresentar cores diferentes, como nas fotos ou não. Quase sempre o primeiro horizonte é mais escuro que os outros. Isso porque é nele onde normalmente plantamos os nossos vegetais.
Os vegetais (frutas, verduras, legumes e árvores) e os pequenos animais quando morrem vão se misturando com este primeiro horizonte dando a ele uma cor escura.



IMPORTANTE:
A cor escura do primeiro horizonte vem da matéria orgânica do solo,  que como já vimos, é formada por animais e plantas que morrem e caem sobre ele e, que aos poucos vão sendo misturados com a parte mineral.



8.  Como os solos se apresentam na natureza?
Ao viajar de carro observa-se grandes diferenças no tipo de vegetação e plantações. Estas diferenças são em grande parte decorrente dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza.
Essas diversidades de  solos refletem as variações que ocorre na natureza dos fatores de formação, descrito na expressão de solo anterior.
Assim, estes solos se apresentam na natureza com diferentes cores, como por exemplo: amarelo, vermelho, marrom, preto, cinza, azulado, esverdeado e branca. Lembram da areia da praia? Ela é branca, não é!
Além de possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais ou menos depressa, etc.

http://www.cnps.embrapa.br/search/mirims/mirim01/mirim01.html

Foto cortesia da NASA
Satélite GPS NAVSTAR
 
Cada um destes satélites movidos a luz solar e pesando de 3 a 4 mil libras (aproximadamente 1.360 a 1.814 kg) circunda o globo terrestre a aproximadamente 19.300 quilômetros, completando duas rotações completas a cada dia. As órbitas são dispostas de modo que a qualquer hora do dia, em qualquer lugar na Terra, haja pelo menos quatro satélites "visíveis" no céu.

Foto cortesia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Concepção artística da constelação de satélites GPS

A extensão do atraso é igual ao tempo de viagem do sinal. O receptor multiplica esse tempo pela velocidade da luz para determinar qual distância o sinal viajou. Supondo que o sinal tenha viajado em linha reta, essa é a uma distância do receptor até o satélite.
Para realizar essa medição, tanto o receptor quanto o satélite necessitam de relógios que podem ser sincronizados no nível do nanossegundo. Para criar um sistema de posicionamento via satélite utilizando somente relógios sincronizados, você necessitaria de relógios atômicos não somente em todos os satélites, mas também no próprio receptor. Mas os relógios atômicos custam entre US$50 mil  e US$100 mil, o que os torna caros demais para o consumidor comum.
O sistema de posicionamento global tem uma solução inteligente e eficaz para esse problema. Cada satélite contém um relógio atômico caro, mas o receptor em si utiliza um relógio de quartzo comum, que é reiniciado constantemente. Em suma, o receptor observa os sinais provenientes de quatro ou mais satélites e ajusta sua própria imprecisão. Em outras palavras, existe apenas um valor para o "horário atual" que o receptor pode utilizar. O valor corretode hora fará com que todos os sinais que o receptor está recebendo alinhem-se em um único ponto no espaço. Esse valor de hora é o mesmo dos relógios atômicos em todos os satélites. Assim, o receptor ajusta seu relógio de acordo com esse valor de hora e passa a ter a mesma hora que todos os relógios atômicos têm em todos os satélites. O receptor GPS tem a precisão de um relógio atômico "independente".
Quando você mede a distância de quatro satélites localizados, você pode desenhar quatro esferas que se cruzam em algum ponto. Três esferas irão se cruzar mesmo que seus números estejam muito incorretos, mas quatro esferas não se cruzarão em nenhum ponto se você tiver medido incorretamente. Como o receptor faz todas as suas medidas de distância utilizando seu próprio relógio embutido, todas as distâncias estarão proporcionalmente incorretas.
O receptor pode calcular facilmente o ajuste necessário que faz com que as quatro esferas se cruzem em um mesmo ponto. Baseado nisso, o receptor reinicia o seu relógio para que ele se sincronize com o relógio atômico do satélite, fazendo isso sempre que está ligado, o que significa que ele é quase tão preciso quanto os  caros relógios atômicos dos satélites.
Para que a informação da distância seja útil, o receptor também tem que saber onde os satélites estão, de fato, e isso não é difícil, já que eles viajam em órbitas muito elevadas e previsíveis. O receptor GPS simplesmente armazena um almanaque que lhe diz onde cada satélite deveria estar em qualquer momento determinado. Elementos como a atração da lua e do sol mudam ligeiramente as órbitas dos satélites, mas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos monitora constantemente suas posições exatas e transmite quaisquer eventuais ajustes a todos os receptores GPS, como parte dos sinais dos satélites. 


GPS Diferencial
Até aqui aprendemos como um receptor GPS calcula sua posição na Terra baseado na informação que recebe de 4 satélites. Esse sistema funciona muito bem, mas imprecisões podem ocorrer. Esse método supõe que os sinais de rádio atravessarão a atmosfera em uma velocidade consistente (a velocidade da luz). Na realidade, a atmosfera da Terra reduz um pouco a velocidade da energia eletromagnética, particularmente quando atravessa a ionosfera e a troposfera. O atraso varia de acordo com o lugar onde você está na Terra, o que significa que é difícil contabilizar esse atraso com precisão nos cálculos de distância. Os problemas também podem ocorrer quando os sinais de rádio rebatem em grandes objetos como arranha-céus, dando a um receptor a impressão de que um satélite está muito mais distante do que realmente está. Além de tudo isso, os satélites às vezes emitem dados de almanaque imprecisos, revelando incorretamente sua própria posição.
Um GPS Diferencial (DGPS) ajuda a corrigir estes erros. A idéia básica é ajustar a imprecisão do GPS em uma estação receptora fixa com uma posição conhecida. Como o equipamento DGPS, na estação receptora, já sabe sua própria posição, pode facilmente calcular a imprecisão do seu receptor. A estação transmite um sinal de rádio a todos os receptores da região que estejam equipados com DGPS, fornecendo informações de correção de sinal naquela área. No geral, o acesso a essas informações de correção faz dos receptores DGPS muito mais precisos do que receptores comuns.
A função mais essencial de um receptor GPS é captar as transmissões de pelo menos quatro satélites e combinar as informações dessas transmissões com a informação em um almanaque eletrônico, tudo isso para obter a posição do receptor na Terra.
Uma vez feito esse cálculo, o receptor pode dizer-lhe a latitude, a longitude e a altitude (ou alguma medida semelhante) da sua posição atual. Para facilitar a navegação, a maioria dos receptores insere esses dados não processados em arquivos de mapa armazenados na memória.

Foto cortesia de Garmin
StreetPilot II, um receptor GPS com os mapas internos para motoristas
Você pode utilizar os mapas armazenados na memória do receptor, conectar o receptor a um computador que possa armazenar mapas mais detalhados em sua memória ou simplesmente comprar um mapa detalhado da sua área e localizar-se utilizando as leituras de latitude e longitude do receptor. Alguns receptores permitem o download de mapas detalhados para a memória ou que você forneça mapas detalhados por meio de cartuchos de mapa conectados ao receptor.
Um receptor GPS padrão não só situará você no mapa em um determinado local, como também irá traçar seu caminho por um mapa à medida que você se move. Se você deixar seu receptor ligado, ele poderá permanecer em constante comunicação com os satélites GPS para ver como a sua posição está mudando. Com essas informações e com seu relógio interno, o receptor pode dar-lhe diversas informações pertinentes:
·         qual a distância que você viajou (odômetro)
·         por quanto tempo você viajou
·         sua velocidade atual (velocímetro)
·         sua velocidade média
·         uma trilha que mostra no mapa exatamente onde você viajou
·         o tempo estimado até o seu destino se mantiver sua velocidade atual

Fatos interessantes
·         O primeiro satélite GPS foi lançado em 1978.
·         O sistema atual é composto de satélites GPS de segunda geração, chamado Bloco II.
·         O primeiro satélite do Bloco II foi lançado em 1989.
·         O Departamento de Defesa dos Estados Unidos declarou o GPS inteiramente operacional em 1995.
·        Quando o sistema foi inicialmente introduzido, erros de cálculo eram programados em transmissões GPS para limitar a precisão de receptores GPS não-militares. Essa operação foi cancelada em maio de 2000.
·         Há 24 satélites GPS em órbita neste momento.
·         Os 24 satélites custaram cerca US$ 12 bilhões para serem fabricados e lançados.
·         Cada satélite pesa aproximadamente 785 kg.
·         Os satélites estão em órbita a cerca de 20 mil km acima da Terra.
·         Um satélite leva 12 horas para orbitar a Terra completamente.
·         Os russos possuem um sistema idêntico ao sistema americano chamado GLONASS.



Lixo espacial
A colisão entre um satélite russo e outro americano em meados de fevereiro reacendeu o debate sobre os riscos do acúmulo de lixo espacial para a humanidade. Desde o lançamento do Sputnik, o primeiro objeto a entrar em órbita, em 1957, a evolução tecnológica permitiu que naves, foguetes e outras centenas de satélites explorassem o espaço tranquilamente. Após perderem a utilidade, porém, esses objetos permaneceram no mesmo local e passaram do status de exploradores para o de poluidores espaciais. Atualmente, cerca de 17.000 destroços com mais de 10 centímetros giram em torno do Planeta Terra, provocando colisões e danificando naves (na imagem acima, uma montagem feita em computador mostra o acúmulo do lixo ao redor do planeta). Saiba as consequências disso e quais são as possíveis soluções para a realização de uma “faxina no espaço”.

1. O que é lixo espacial?
O lixo espacial é composto detritos de naves, combustíveis, satélites desativados, lascas de tinta, combustível, pedaços de mantas térmicas e foguetes, objetos metálicos e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas durante as suas explorações espaciais. “O que existe é uma grande nuvem de objetos dos mais variados tamanhos e pesos, desde um grama até toneladas”, explicou Petrônio Noronha de Souza, chefe do laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

2. Quando surgiu? Como está a situação atualmente?
O grande precursor do acúmulo de detritos no espaço foi o Sputnik, o primeiro satélite artificial da Terra, lançado em 1957 pela antiga União Soviética. Hoje em dia, com a evolução tecnológica, há cerca de 800 satélites ativos em órbita. Enquanto isso, segundo o chefe do laboratório do Inpe, a órbita se tornou um “vasto lixão espacial”. De acordo com dados divulgados em 2008 pela Nasa, a agência espacial americana, foram contabilizados no espaço aproximadamente 17.000 destroços acima de 10 centímetros, 200.000 objetos com tamanho entre 1 e 10 centímetros e dezenas de milhões de partículas menores que 1 centímetro.


3. Então a evolução tecnológica só serviu para “poluir” o espaço?
Não necessariamente. Para Souza, a contrapartida da sujeira produzida pela evolução da tecnologia foi o benefício que ela trouxe para sociedade. “Não podemos dizer que tudo é lixo e apenas nos causa mal. Tudo que está lá sempre teve um propósito, nada foi colocado só para poluir. O lixo acumulado é um preço que se paga em função de um beneficio adquirido”, lembra ele.


4. O que acontece com os detritos que ficam no espaço e ninguém retira?
Nem tudo o que foi colocado no espaço permanece em órbita. Souza explicou que os detritos vão paulatinamente perdendo altitude e, mais cedo ou mais tarde, caem na Terra. Segundo o chefe do laboratório do Inpe, detritos que estão em altitudes baixas caem mais rápido, em meses. Já os mais altos permanecem por décadas. “Quando um satélite é lançado, ele permanece lá por meses ou anos e, ao final da vida útil, é simplesmente desligado. Ao ser desligado, o satélite deixa de ser usado e se transforma em lixo. É como se alguém abandonasse um carro e o deixasse ali. Porém, é viável pegar um carro velho e levar para o pátio. E no caso do satélite não existe um pátio”, compara Souza.

5. É possível ser atingido por um pedaço de satélite, por exemplo?
Essa possibilidade existe, mas a chance de ser atingido é reduzidíssima. Desde o início da corrida espacial, foram inúmeros os registros de quedas de detritos em diversas localidades, como os Estados Unidos, a Austrália e a África. Conforme Souza, porém, muitas vezes o lixo acaba queimando antes de cair na Terra. Quando consegue atravessar a atmosfera, o lixo espacial ainda enfrenta a probabilidade de cair no mar, já que os oceanos ocupam 75% da Terra. “Nunca vai acontecer uma tempestade de lixo espacial, a física não permite isso. É ficção científica”, esclarece o especialista.



7. Na prática, como os detritos espaciais poderiam afetar a vida do homem?
Para a saúde do planeta Terra, o lixo espacial não tem a menor importância, já que representa uma quantidade de massa insignificante, segundo explicou o chefe do laboratório do Inpe. A grande afetada, caso o espaço fosse inutilizado, seria a sociedade. Os satélites que atualmente estão em órbita, por exemplo, são responsáveis por transmitir dados, sinais de televisão, rádio e telefone, sem contar os equipamentos que observam a Terra, fornecem informações sobre mudanças climáticas, podem antecipar fenômenos naturais e fazer o mapeamento de áreas. “O grande problema do lixo espacial está lá em cima: é a probabilidade desses fragmentos danificarem equipamentos necessários para o homem”, explicou o especialista brasileiro.


8. É possível fazer uma “faxina espacial”?
“Limpar o espaço não é como limpar um terreno baldio. Não existe tecnologia para remover esses objetos em órbita, porque a limpeza não é viável”, diz Petrônio Noronha de Souza. Ele explica que a tecnologia não existe de fato - há apenas algumas idéias. A concretização desses métodos, contudo, exige um gasto tão astronômico que a viabilidade técnica acaba sendo questionada.


9. Quais métodos já foram apresentados?
A seguir, algumas das formas já propostas para tentar tirar o lixo do espaço:
Redes: Sistema de redes gigantes, que formaria um cesto capaz de capturar os detritos e jogá-los mais para baixo.
Lasers: Instalar canhões de laser em alguns pontos estratégicos e disparar contra o lixo, para desviar sua órbita para mais perto do planeta. Com isso, o lixo queimaria até desaparecer.
Fios: Cabos condutores de cobre poderiam ser acoplados a satélites desativados para que eles pudessem ser atraídos pelo campo magnético da Terra.
Espuma: Um painel de espuma seria colocado na rota dos detritos. Assim que os objetos passassem por ele, teriam sua velocidade reduzida, caindo de volta no planeta.
Braço: Uma espécie de nave não-tripulada, guiada por radares e câmeras, seria equipada com braços robóticos para coletar os detritos.

6. Na pior das hipóteses, quais são os riscos do acúmulo de lixo espacial?
O cenário mais remoto, porém fisicamente demonstrável, é a Síndrome de Kessler. A hipótese, apresentada por um físico da Nasa, sustenta que haverá um momento em que o espaço terá tantos detritos que será impossível utilizá-lo para as necessidades da humanidade. Isso porque, quando dois objetos se chocam, eles geram mais fragmentos, multiplicando assim o número de elementos em órbita. “Isso lembra uma reação em cadeia, em que choques vão gerando choques e mais choques, como se quase tudo que estivesse em orbita criaria um cinturão e inviabilizaria completamente o uso do espaço”, diz Souza.


10. Há alguma alternativa para evitar que os satélites que estão em órbita não se tornem lixo espacial?
Sim. O chefe do laboratório do Inpe explica que, para evitar que as centenas de satélites em atividade se transformem em lixo espacial ao fim de suas atividades, é preciso programá-los para que eles sigam em direção às chamadas órbitas-cemitério. Assim, os satélites ficariam em lugares bem distantes da Terra, sem oferecer riscos de colisões. De acordo com a Nasa, a cada ano, cerca de 200 pedaços de lixo espacial com mais de 10 centímetros entram no espaço.


11. Por que o uso das órbitas-cemitério não é tão comum?
Muitas vezes isso não ocorre por razões financeiras. De acordo com Souza, um satélite é projetado para permanecer em órbita por cerca de quatro anos. Retirá-lo de lá antes de se auto-desligar para movê-lo em direção a outro lugar significa interromper um trabalho que custa caro. Se a empresa demora muito, acaba ficando tarde demais. Souza explica que, ultimamente, as operadoras de telecomunicações, que possuem posições orbitais muito bem determinadas, têm se interessado em alterar a rota para as órbitas-cemitério. Isso ocorre porque, se o satélite continuar no mesmo local, pode vir a atrapalhar a instalação de um novo.


12. As agências espaciais se preocupam com esse tema?
A maioria das organizações possui um núcleo para tratar de assuntos relacionados ao lixo espacial. Em 1986, a ESA, agência espacial europeia, criou um grupo para analisar e estudar os detritos no espaço. Neste ano, a ESA investiu 64 milhões de dólares em um programa chamado Conscientização da Situação Espacial. Já a Nasa criou, em 1997, o Centro de Estudos de Órbita e Re-entrada de Destroços. Além dessas, há também a Inter-Agency Space Debris Coordination Committee (IADC), que se propõe a ser um órgão internacional que coordena atividades relacionadas a assuntos ligados ao lixo espacial. O IADC agrega agências espaciais de países como Alemanha, Índia, China e Japão. As organizações costumam recomendar práticas ideais, mas que dificilmente são adotadas, já que não são imposições legais. “As organizações não têm força de lei. Somente fazem sugestões que as nações adotam ou não”, explica Souza.


13. O Brasil também tem sua parte de responsabilidade na “poluição do espaço”?
Segundo Souza, o Brasil possui dois satélites de coleta de dados e mais três satélites em conjunto com a China. “Nenhum desses cinco dispõe de um sistema para que seja feita sua remoção em órbita. Por isso, o Brasil não pode se eximir.”

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/lixo-espacial/satelite-colisao-poluicao-orbita.shtml


CURVA DE NÍVEL
A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de um terreno.
Imagine uma montanha de 800 metros vista de cima. Seu formato é irregular, logo se traçarmos uma linha contornando-a a 700 metros o desenho do contorno (uma curva) será diferente, e menor, daquele que fizermos contornando-a a 100 metros, mais próximo da base. Esse desenho do contorno a uma dada altitude, que deve ser a mesma em todos os pontos da linha, é a chamada curva de nível e serve para representar o relevo de algum local nas plantas topográficas.
Geralmente, em uma planta topográfica, usa-se como referência a altura média do mar para se traçar as curvas de nível chamadas de “mestras” que são representadas por traços mais grossos. Podemos usar também, as linhas chamadas de auxiliares ou intermediárias para facilitar a leitura da planta topográfica. Todas as curvas possuem também, a altura em que se situam.
As curvas de nível são sempre paralelas entre si. Uma linha mestra jamais se cruzará com uma linha intermediária, por exemplo, mesmo que elas às vezes, cheguem bastante perto disso, e elas sempre se fecham sobre si mesmas (como um “O”, mas, na maioria das vezes, irregular). O que pode acontecer é de no papel, por causa de um efeito visual, as linhas se cruzarem, mas, na verdade, elas nunca se cruzam, uma vez que na realidade uma está embaixo da outra visto que cada curva de nível representa uma altitude. Nestes casos, costuma-se representar a linha, ou curva, debaixo com um tracejado.

Pela proximidade das linhas pode-se verificar se o terreno tem um declive muito acentuado ou não. Se as linhas estiverem muito próximas entre si, significa que o declive é bastante acentuado (um pico, por exemplo), já se elas estiverem muito distantes entre si, significa que o declive é suave (uma planície com pequenas elevações, por exemplo).
Mas, as curvas de nível não servem apenas para representar montanhas ou elevações no terreno. Se em uma planta topográfica com curvas de nível os valores da altitude referentes às curvas centrais forem menores do que os valores de altitude das curvas externas, significa que ali está representada uma depressão.
Quando se vai fazer uma planta topográfica com curvas de nível, costuma-se primeiro, antes de desenhar as curvas, fazer o traçado da rede de drenagem do terreno com o fim de facilitar o desenho das curvas. Afinal, é a rede de drenagem (rios, ribeirões, riachos, cachoeiras…) que determina, de forma geral, a topografia do terreno.
Outro conceito associado às curvas de nível (mas que não deve ser confundido) é o “plantio em curvas de nível”. Trata-se de uma técnica para plantio em terrenos acidentados que segue o traçado das curvas.
Lembrando que a legislação ambiental brasileira proíbe o desmate e plantio em terrenos com declividade maior que 45° por se tratar de Áreas de Preservação Permanente (APP) devido a alta tendência a erosão, o plantio em curvas de nível é uma técnica quer visa diminuir a velocidade da enxurrada (arraste) e aumentar a infiltração da água no solo para, com isso, evitar que aconteçam erosões.

 

 




Formas de proteger o solo contra erosão

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Área com estágio avançado de erosão.

Um dos principais impactos oriundos da ocupação rural são as erosões, isso ocorre por que a cobertura vegetal original é retirada, tornando o solo propício a sofrer processos erosivos. 
Nas propriedades rurais, com o intuito de evitar o surgimento de erosão, é importante que o produtor tome algumas medidas preventivas: 
• Realizar o plantio acompanhado de uma curva de nível, essa é uma das mais bem sucedidas práticas de contenção. A curva de nível evita que a água da chuva desça a vertente com grande velocidade, dessa forma não provoca erosão. 
• Consorciar lavouras com o plantio de vegetais como o eucalipto, bambu e cana-de-açúcar, pois esses atuam como barreira de proteção em relação à erosão eólica e pluvial. 
• Outra alternativa de prevenção é realizar o plantio em curvas de nível do tipo terraço, nessa técnica a água é retida, impossibilitando a formação de escoamento de enxurrada, que é um agente erosivo em potencial. 
• Atuar efetivamente na preservação e conservação de matas de galeria, além de recuperar áreas degradadas de matas ciliares, a cobertura vegetal contribui para impedir a passagem de enxurrada que provoca erosão e também evita o assoreamento dos mananciais. 
• Regiões acidentadas devem ser preservadas e não ocupadas para o desenvolvimento da agricultura, assim como as áreas de solos frágeis que facilmente são afetadas com a erosão.

Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


EROSAO
Erosão é o desgaste do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando expande o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão é um problema muito sério, devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema.
Em solos cobertos pela vegetação a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as vegetações, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
A superfície da Terra como a conhecemos é formada tanto por processos geológicos que formam as rochas, como por processos naturais da degradação e também de erosão. Uma vez que a rocha é quebrada por causa da degradação, os pequenos pedaços podem ser movidos pela água, gelo, vento, ou gravidade. Tudo o que acontece para fazer com que as rochas sejam transportadas chama-se erosão.
A superfície do solo, não castigado, é naturalmente coberta por uma camada de terra rica em nutrientes inorgânicos e materiais orgânicos que permitem o crescimento da vegetação; se essa camada é retirada, esses materiais desaparecem e o solo perde a propriedade de fazer crescer vegetação e pode-se dizer que, no caso, o terreno ficou árido ou que houve uma desertificação.
As águas da chuva quando arrastam o solo, quer ele seja rico em nutrientes e materiais orgânicos, quer ele seja árido, provocam o enchimento dos leitos dos rios e lagos com esses materiais e esse fenômeno de enchimento chama-se assoreamento.
O arrastamento do solo causa no terreno a erosão.
Na superfície do terreno e no subsolo, as águas correntes são as principais causas da erosão.
Análise do efeito das águas que fazem a erosão superficial de terrenos: A erosão depende fundamentalmente da chuva, da infiltração da água, da topografia (declive mais acentuado ou não), do tipo de solo e da quantidade de vegetação existente. A chuva é, sem dúvida, a principal causa para que ocorra a erosão e é evidente que quanto maior a sua quantidade e frequência, mais irá influenciar o fenômeno. Se o terreno tem pouco declive, a água da chuva irá "correr" menos e erodir menos.
Se o terreno tem muita vegetação, o impacto da chuva será atenuado porque a velocidade da água escorrendo no solo será diminuída devido aos obstáculos (a própria vegetação "em pé e caída") que agirão como pequenos degraus que evitam a erosão.
A erosão será diminuída também com as raízes darão sustentação mecânica ao solo; além disso, as raízes mortas propiciarão existirem canais para dentro do solo onde a água pode penetrar e com isso, sobrará menos água para correr na superfície.
Outro fator importante é que, se as chuvas são frequentes e o terreno já está saturado de água, a tendência é que o solo nada mais absorva e com isso, toda a água da chuva que cair, correrá pela superfície.
Se o solo é arenoso o arrastamento será maior do que se ele fosse argiloso .

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fatores que contribuem

Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
  • os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas.
  • o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
  • as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
  • a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial

Erosão pluvial

A erosão pluvial é provocada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. Esta ação é acelerada quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A primeira ação da chuva se dá através do impacto das gotas d'água sobre o solo. Este é capaz de provocar a desagregação dos torrões e agregados do solo, lançando o material mais fino para cima e para longe, fenômeno conhecido como salpicamento. A força do impacto também força o material mais fino para abaixo da superfície, o que provoca a obstrução da porosidade (selagem) do solo, aumentando o fluxo superficial e a erosão.
Necessário se faz em separar claramente as ravinas formadas somente por erosão superficial das formadas pelo processo de erosão remontante. A ação da erosão pluvial aumenta à medida que mais água da chuva se acumula no terreno, isto é, a retirada do solo se dá de cima para baixo. Na erosão remontante acontece exatamente o contrário: a retirada do material se dá de baixo para cima, como é o caso das voçorocas. Uma ravina de origem pluvial pode progredir em direção a uma voçoroca, mas não necessariamente. Da mesma forma podemos ter a progressão de voçorocas independente da erosão pluvial, pois esta depende do fluxo subterrâneo e não do fluxo superficial.
Muitos autores e textos didáticos têm erroneamente confundido estes fenômenos. Separá-los, no entanto, não é somente uma questão de rigor científico, mas uma necessidade prática, pois as formas de se combater um processo erosivo dependerá de que tipo de erosão estamos enfrentando. Muitos processos indicados para evitar ou combater erosão pluvial, não funcionam quando se trata de combater erosão remontante, principalmente nos casos em que amplas voçorocas já estão instaladas na paisagem.
As principais formas de erosão pluvial são:
erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grande prejuízo às terras agrícolas e por fornecer grande quantidade de sedimento que vai assorear rios, lagos e represas. Erosão Pluvial
Este tipo de erosão é provocado pelas águas das chuvas. A água das chuvas pode escorrer sobre a superfície do solo formando as enxurradas, ou infiltrar-se no terreno.
As gotículas de chuva, ao caírem em um barranco ou em qualquer outro terreno, provocam a saltitação (splash erosion) das partículas, tendo assim o que se chama de “ação mecânica das gotas da chuva”, e é justamente esta que provoca o arrancamento e o deslocamento de partículas. Quando o escoamento pluvial acontece é porque a quantidade de chuva caída em uma determinada área é maior que o poder de infiltração, dessa maneira formando as enxurradas, que irá esculpir de várias maneiras os locais por onde passar.
A ação das enxurradas vai, pouco a pouco, retirando a camada fértil do solo, tornando-o cada vez mais improdutivo. Além disso, as enxurradas arrancam plantas e fazem desmoronar barrancos.
A água da chuva que se infiltra no solo pode também arrastar para baixo sais minerais diversos, tirando-os do alcance das raízes e, portanto, empobrecendo a camada superficial do solo. A ação da água que se infiltra no solo e que corre na superfície pode, também, provocar desmoronamentos, formando grandes buracos conhecidos como voçorocas. As voçorocas são comuns em terrenos arenosos e desmatados, podendo atingir centenas de metros de comprimento e trinta ou mais metros de profundidade.
A erosão pluvial é um dos principais fatores que contribui para a diminuição da produtividade e sustentabilidade dos solos agrícolas, podendo acarretar sua degradação. Vários autores têm avaliado perdas de solo, água, nutrientes e matéria orgânica em diferentes sistemas de uso e manejo do solo. No Brasil, o principal agente de erosão é a água das chuvas. Infelizmente, em nosso país são muitos os exemplos de terras ricas que se tornaram estéreis.
É importante lembrar que a erosão pluvial do solo é o resultado da interação entre diversos fatores, como o potencial erosivo da chuva, a suscetibilidade do solo à erosão, o comprimento do declive, a declividade do terreno, o manejo de solo, de culturas e de restos culturais e as práticas mecânicas conservacionistas complementares.
Principais formas de erosão pluvial:
erosão laminar: quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando as partículas sem formar canais definidos. Apesar de ser uma forma mais amena de erosão, é responsável por grandes prejuízos na atividade agrícola e por transportar grande quantidade de sedimentos que vão assorear os rios.
 Erosão Laminar erosão em sulcos de escorrência: quando a água se concentra em determinados sulcos do terreno, atinge grande volume de fluxo e pode transportar maior quantidade de partículas formando ravinas na superfície. Estas ravinas podem rapidamente atingir a alguns metros de profundidade.

Erosão eólica

Erosão eólica, rochas metamórficas nos arredores de Puno
Ocorre quando o vento transporta partículas diminutas que se chocam contra rochas e se dividem em mais partículas que se chocam contra outras rochas. Podem ser vistas nos desertos na forma de dunas e de montanhas retangulares ou também em zonas relativamente secas. Formação das dunas
Quando o vento sopra seguidamente na mesma direção, ele acaba depositando num mesmo lugar a areia que carregou. Sendo dessa maneira que as dunas se formam, estas que são grandes depósitos de areia que podem ser encontrados em algumas praias e em desertos. As dunas podem surgir também quando a areia, transportada pelo vento, se acumula em torno de um obstáculo, como por exemplo uma grande pedra.
A erosão eólica ocorre em geral em regiões planas, de pouca chuva, onde a vegetação natural é escassa e sopram ventos fortes. Constitui problema sério quando a vegetação natural é removida ou reduzida; os animais e o próprio homem contribuem para essa remoção ou redução. As terras ficam sujeitas à erosão pelo vento quando deveriam estar com a vegetação natural e são colocadas em cultivo com um manejo inadequado.

Erosão marinha

O quebrar das ondas causa erosão com o tempo.
A erosão marinha é um longo processo de atrito da água do mar com as rochas que acabam cedendo transformando-se em grãos, esse trabalho constante atua sobre o litoral transformando os relevos em planície e deve-se praticamente à ação de um fator presente na termodinâmica: a convecção dos ventos, responsáveis pelo surgimento das ondas, correntes e marés .
Tanto ocorre nas costas rochosas bem como nas praias arenosas. Nas primeiras a acção erosiva do mar forma as falésias, nas segundas ocorre o recuo da praia, onde o sedimento removido pelas ondas é transportado lateralmente pelas correntes de deriva litoral.
Nas praias arenosas a erosão constitui um grave problema para as populações costeiras. Os danos causados podem ir desde a destruição das habitações e infra-estruturas humanas, até a graves problemas ambientais. Para retardar ou solucionar o problema, podem ser tomadas diversas medidas de protecção, sendo as principais as construções pesadas de defesa costeira (enrocamentos e esporões) e a realimentação de praias.
Em Portugal, na região de Aveiro, vive-se atualmente uma situação preocupante. A estreita faixa costeira que separa o mar da laguna, está perigosamente perto da ruptura. Se esta se verificar para além de várias populações serem afectadas, irá ocorrer uma drástica mudança na salinidade da laguna, afectando todo o ecossistema.
No Brasil, no Arpoador este fenômeno tem sido responsável pela variação cíclica da largura da faixa de areia da praia.

Erosão química

Envolve todos os processos químicos que ocorrem nas rochas. Há intervenção de fatores como calor, frio, água, compostos biológicos e reações químicas da água nas rochas. Este tipo de erosão depende do clima, em climas polares e secos, as rochas se destroem pela troca de temperatura; e em climas tropicais quentes e temperados, a humidade, a água e os dejetos orgânicos reagem com as rochas e as destroem.

Erosão glacial

As geleiras (glaciares) deslocam-se lentamente, no sentido descendente, provocando erosão e sedimentação glacial. Ao longo dos anos, o gelo pode desaparecer das geleiras, deixando um vale em forma de U ou um fiorde, se junto ao mar.
Pode também ocorrer devido à susceptibilidade das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água acumula-se nas cavidades dessas rochas. No inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e congela novamente no inverno seguinte. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e consequentemente, levando à formação dos grandes paredões ou fiordes.

Erosão fluvial

Erosão fluvial é o desgaste do leito e das margens dos rios pelas suas águas. Este processo pode levar a alterações no curso do rio. O relevo resultante da sedimentação das rochas no processo de erosão é denominado Colúvio. A erosão das rochas pode gerar ravinas, voçorocas e deslizamentos de terra, no qual estes sedimentos são escoados para as partes mais baixas, formando colúvios e depósitos de encosta.

Consequências da erosão

Efeitos poluidores da ação de arraste

·         Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
·         Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramento.
·         Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
·         Arraste de biocidas e adubos até os corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos d'água (causando eutroficação por exemplo).

 Outros danos

·         Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como consequência, vindas as grandes chuvas, esses corpos d’água extravasam, causando as enchentes
·         Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas de terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias (ver deslizamento de terra).
Os solos são muito importantes para a nossa vida e também a dos animais e das plantas, pois fornece alimento e atua como suporte à água e ao ar.


 


1. O que é o solo?
O solo, também chamado terra, tem grande importância na vida de todos os seres vivos do nosso planeta, assim como o ar, a água, o fogo e o vento. É do solo que retiramos parte dos nossos alimentos e que sobre ele, na maioria das vezes,  construímos as nossas casas. 


2.Como o solo é formado? 
O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral


  
3. Como os seres vivos ajudam na formação dos solos?
Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo.
Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta.
Além disso os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
Deste modo o solo é representado pela seguinte expressão:

IMPORTANTE:

É preciso que a matéria orgânica seja misturada com o material solto e macio para que o solo possa existir de verdade.


  

4.Qual a composição do solo?
O solo ou terra como também é chamado, é composto de quatro partes, a saber:

ar; 
água; 
matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); e 
parte mineral que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o  barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem.
Estes quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.



5. E o ar do solo onde ele está?
Dentro do solo existem pequenos buraquinhos, que chamamos de poros do solo, onde fica guardada a água e  o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar.


O SOLO FUNCIONA COMO UMA ESPONJA QUE USAMOS PARA TOMAR BANHO: TEM ÁGUA E AR DENTRO DELE.



6. Como o solo é estudado?
O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho, a saber :

Areia - a parte mais grosseira;
Silte - uma parte um pouco mais fina, ou seja o limo que faz escorregar; e
Argila - uma parte muito pequena que para ser visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja a mesma que gruda no sapato.



7. Como o solo é organizado?
Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma organização. Para podermos entender esta organização, primeiro vamos imaginar um bolo de aniversário que tem várias camadas, uma em cima da outra, como: uma camada de chocolate, uma de morango e uma de baunilha. O solo também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo.
Em cada uma destas fotos, podemos ver as diferentes camadas do solo, sendo cada uma de uma cor diferente. Estas camadas são os horizontes do solo, assim como as camadas do bolo de aniversário.
Estes horizontes podem apresentar cores diferentes, como nas fotos ou não. Quase sempre o primeiro horizonte é mais escuro que os outros. Isso porque é nele onde normalmente plantamos os nossos vegetais.

Os vegetais (frutas, verduras, legumes e árvores) e os pequenos animais quando morrem vão se misturando com este primeiro horizonte dando a ele uma cor escura. 




IMPORTANTE:
A cor escura do primeiro horizonte vem da matéria orgânica do solo,  que como já vimos, é formada por animais e plantas que morrem e caem sobre ele e, que aos poucos vão sendo misturados com a parte mineral.



8.  Como os solos se apresentam na natureza?
Ao viajar de carro observa-se grandes diferenças no tipo de vegetação e plantações. Estas diferenças são em grande parte decorrente dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza.
Essas diversidades de  solos refletem as variações que ocorre na natureza dos fatores de formação, descrito na expressão de solo anterior.
Assim, estes solos se apresentam na natureza com diferentes cores, como por exemplo: amarelo, vermelho, marrom, preto, cinza, azulado, esverdeado e branca. Lembram da areia da praia? Ela é branca, não é!
Além de possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais ou menos depressa, etc.

http://www.cnps.embrapa.br/search/mirims/mirim01/mirim01.html

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