Quem sou eu

Minha foto
RIBEIRÃO PRETO, SP, Brazil
O grande mestre não ensina Amplia os horizontes dos seus alunos Num aprendizado constante Nildo Lage

VELHA ORDEM MUNDIAL

GUERRA FRIA - MUNDO BIPOLAR
A cooperação dos Aliados possibilitou a derrota das forças do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Com a esperança de construir uma paz duradoura e evitar futuras guerras, os líderes Aliados planejavam cooperar após a guerra. Mas as relações entre a União Soviética e os outros países Aliados logo deterioraram, gerando uma nova era de tensão mundial. 

Aliados da Segunda Guerra Mundial
Os Aliados da Segunda Guerra Mundial foram os países que se opuseram as Potências do Eixo na Segunda Guerra Mundial. A União Soviética, os Estados Unidos e o Império Britânico eram as principais forças. A China, a Polônia e a França antes da sua queda e após a Operação Tocha foram também considerados grandes aliados, e o Brasil foi o único país latino-americano a enviar tropas para os campos de batalha europeus.
História
Os países participantes da Tríplice Entente na Primeira Guerra Mundial foram depois basicamente os mesmos Aliados da Segunda Guerra Mundial, inicialmente liderados pela França e pelo Reino Unido. Em 1941, a União Soviética juntou-se aos Aliados, logo após o ataque alemão, que marcou a quebra do pacto nazi-soviético.

CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS
A Conferência de Bretton Woods, realizada em julho de 1944, tinha como objetivo a reconstrução da economia mundial. Quarenta e cinco países aliados se reuniram em Bretton Woods, nos Estados Unidos, onde ficou acordado a criação de duas organizações internacionais: o Banco Mundial (conhecido também como Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento - Bird) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Nessa reunião, também foi definido o novo padrão monetário internacional: o dólar-ouro. O Banco Central Americano (o Federal Reserve - Board of Governors of the Federal Reserve System) garantia uma paridade fixa de 35 dólares por uma onça (31,1g) de ouro.
O dólar se consagrava como a nova moeda de reserva mundial, com livre circulação no mundo. A Conferência de Bretton Woods marcou o início da dominância econômica americana.

FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, a Europa Ocidental deixou de ser o centro de poder no mundo. A França e a Inglaterra estavam enfraquecidas e a Itália, a Alemanha e o Japão, derrotados. Surgia uma nova fase geopolítica e econômica no mundo: os Estados Unidos e a União Soviética haviam se tornado as duas maiores potências.
Apesar de sua aliança contra a Alemanha nazista, as relações entre os dois países - mesmo durante o conflito - haviam sido frias. De fato, ao final da Segunda Guerra Mundial, as duas superpotências se encontravam em condições bastante diferentes.
Os Estados Unidos não sofreram a destruição das batalhas. O país era rico em recursos naturais e liderava a agricultura e indústria mundial. O país também detinha armas nucleares, ameaça militar poderosa contra outros países.
Já a União Soviética sofreu enormes perdas no decorrer da Segunda Guerra Mundial. Quatro anos de terríveis batalhas custaram a vida de milhões de soviéticos. Ademais, as regiões ocidentais do país foram destruídas e os soviéticos estavam determinados a proteger suas fronteiras ocidentais de futuros invasores.
Stalin usou o poder militar para estabelecer governos comunistas títeres nos países que seu exército havia ocupado: Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária. Esses países eram conhecidos como "satélites" da União Soviética. Na Albânia e Iugoslávia, os comunistas também ganharam poder após a guerra. Todas essas nações tornaram-se parte do bloco soviético. A União Soviética estava expandindo seu território e sua influência - delineando o que seria chamado de bloco socialista.
Os EUA saíram da Segunda Guerra Mundial como potência hegemônica no mundo capitalista e estenderam seu comércio para quase todas as nações, ocupando o 1º lugar na produção mundial, enquanto a URSS surgia como potência do bloco comunista.
Ao final da Guerra, os Estados Unidos e a URSS entraram em uma disputa acirrada pela hegemonia no globo. A política de hostilidades entre os Estados Unidos e a União Soviética no pós-guerra é chamada de Guerra Fria. O termo Cortina de Ferro era usado para descrever a barreira política entre o bloco soviético e o Ocidente.
A Guerra Fria se estendeu de 1947 até o final dos anos 1980, quando ocorreu a queda do Muro de Berlim (1989), grande símbolo do bloco socialista. O Muro de Berlim (Alemanha) era um muro que separava Berlim Ocidental (capitalista) de Berlim Oriental (comunista). O Muro visava evitar a fuga de cidadãos da República Democrática da Alemanha, Oriental e comunista, para o Ocidente democrata. A derrubada do muro se tornou um símbolo da queda dos regimes comunistas.

INÍCIO DA GUERRA FRIA
O rompimento total entre as duas potências ocorreu em 1947, com o desenvolvimento da Doutrina Truman.
Em resposta às atividades da expansão soviética, o presidente norte-americano Harry Truman anunciou uma nova política internacional, chamada de Doutrina Truman. Falando ao Congresso em março de 1947, o presidente pediu o envio de ajuda militar e econômica para Grécia e Turquia. Pediu, ainda, que os Estados Unidos ajudassem qualquer país necessitando de apoio para resistir ao comunismo. A Doutrina Truman tornou-se a base política da Guerra Fria, tendo como objetivo conter a expansão comunista em outras nações do mundo.
A Doutrina Truman visava impedir o expansionismo soviético. Complementado a Doutrina Truman, em junho de 1947, o Secretário de Estado George C. Marshall anunciou um programa ambicioso para ajudar essas nações, denominado de Plano Marshall. Esse plano era uma ajuda econômica a todos os países europeus que precisavam de auxilio para sua reconstrução. O objetivo do Plano Marshall era consolidar o capitalismo e frear a influência da URSS e do comunismo.
O Plano Marshall foi oferecido a todos os países europeus, mas Stalin impediu que os satélites soviéticos aceitassem a ajuda. Em 1949, a União Soviética lançou um plano de cooperação entre os países da Cortina de Ferro, que foi chamado de Comecon (Conselho para Assistência Econômica Mútua). Mesmo assim a economia da Europa Oriental não cresceu tão rapidamente quanto a dos países da Europa Ocidental.
Guerra Fria - guerra ideológica e de expansão de áreas de influência, representando dois sistemas sócio-econômicos distintos: o socialismo e o capitalismo.

MUNDO BIPOLAR
O período da Guerra Fria foi marcado em termos geopolíticos e econômicos por um domínio bipolar. De um lado o líder do capitalismo - os Estados Unidos - e de outro o líder do comunismo - a União Soviética.
As duas potências buscavam ampliar as "zonas de influência" interferindo em assuntos internos de outros países com recursos econômicos e militares.
O mundo vivia em tensão e medo de uma Terceira Guerra Mundial, mesmo sendo um tanto improvável. Ambas as potência possuíam armamentos com poderes devastadores de destruição, que causariam estragos em escala mundial e sem vencedores.
Em 1949 foi criada a OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte. Seu objetivo era defender o mundo ocidental da ameaça soviética. A OTAN era inicialmente composta pelos Estados Unidos, Canadá e vários países da Europa Ocidental como a Bélgica, França, Grécia, Holanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Reino Unido, entre outros.
Em resposta à criação da OTAN, os soviéticos instituíram o Pacto de Varsóvia - organização militar de países socialistas. Criado em 1955, o Pacto de Varsóvia era composto pela União Soviética e pelos países socialistas do Leste Europeu. O tratado estabeleceu um acordo similar ao da OTAN: compromisso de ajuda mútua entre os países membros no caso de agressão militar.
No final dos anos 50, as duas superpotências desenvolveram muito seu arsenal nuclear - criando o perigo da destruição total (que poderia ocorrer pela disputa das regiões essenciais). O perigo de destruição levou a uma busca de diminuição das tensões. Com a morte de Stalin (1953), surgiram lideranças e tendências na URSS, que passaram a pregar a não-necessidade da violência para atingir-se o socialismo, ou seja, "a coexistência pacífica".
A tendência de distensão foi ameaçada no governo de John F. Kennedy (incidente da Baía dos Porcos e os mísseis soviéticos em Cuba), mas que se resolveu pelo recuo de Nikita Kruschev.
A maior aproximação deu-se nos primeiros anos da década de 70, quando Henry Kissinger (secretário de Estado norte-americano) deu início à "détente", discutindo-se pacificamente sobre os conflitos. No final de 1972, Richard Nixon tornou-se o primeiro presidente norte-americano a visitar Moscou. Durante sua visita, ele e o líder soviético Brezhnev assinaram o primeiro tratado SALT que limitava o número e tipo de mísseis que cada nação poderia ter.
O presidente Ford (que assumiu após a renúncia do presidente Nixon) e o presidente Carter continuaram com a política de détente iniciada por Nixon. Ainda assim, ações soviéticas tomadas durante a presidência de Carter fomentaram o medo norte-americano em relação à expansão soviética. Em 1979, tropas soviéticas invadiram o Afeganistão. O presidente Carter reagiu a essa invasão decretando um embargo sobre as vendas de grãos norte-americanos à União Soviética e pedindo um boicote aos Jogos Olímpicos de Moscou de 1980.
Em novembro de 1989 ocorreu a queda do Muro de Berlim, símbolo do final do comunismo e com isso o final da Guerra Fria. Com o colapso da URRS acabava a geopolítica do mundo bipolar. Surge então uma nova ordem mundial.

Muro de Berlim

Postagens populares